Vou abrir parênteses para falar de amor
e deitar propósitos, ainda que sem tempo.
Ainda que meu olho veja entre a multidão,
ainda que a palavra amareleça

e se torne gasta e consumida.
Quem sabe alguém encontrará como sucata
de um discurso vazio
feito um pote de tintas guardado.
Vou querer brilhar nas laterais
e ler no out door tantas linguas estrangeiras
tão distantes de meu país e de minha humanidade.
Jogo na selva minhas esperanças de sobrevivência
porque faliram todas.
Vou mudar o verso de lugar,
as montanhas já não são possíveis.
Ficou tudo perto demais.
Discurso cheio demais.
Fruta acre de sabor estrangeiro...
No comments:
Post a Comment